Numa declaração conjunta divulgada em Bruxelas, os comissários europeus Carlos Moedas (Investigação, Ciência e Inovação), Neven Mimica (Cooperação Internacional e Desenvolvimento) e Elzbieta Bienkowska (Mercado Interno, Industria, Empreendedorismo e PME) manifestaram satisfação “por ver este cabo intercontinental tornar-se uma realidade”.
“A América Latina e a Europa nunca estiveram tão bem conectadas. A nova autoestrada de dados digitais vai apoiar a inovação com vista a melhores serviços de observação da Terra, será um passo em frente na criação de uma área de investigação comum UE-América Latina, e vai ajudar a colmatar o fosso digital entre América Latina e a Europa e dentro da região, com potencial para uma colaboração ainda maior nos anos que se seguem”, declararam os comissários.
O total de recursos mobilizados para este projeto é na ordem dos 53 milhões de euros, contribuindo a Comissão Europeia com 26,5 milhões, através de fundos do programa científico da UE, o “Horizonte 2020”, do programa “Copérnico” e do instrumento regional de Desenvolvimento e Cooperação, sendo os restantes assegurados pelos outros membros do consórcio, do Brasil, Chile, Colômbia, Equador, França, Alemanha, Itália, Espanha e Portugal.
A nova conexão de mais de 10 mil quilômetros vai ainda permitir, segundo divulgou num comunicado a AICEP Global Parques, “a redução de preço do serviço de internet” e “dará maior segurança na comunicação direta entre a América Latina e a Europa”. O cabo submarino vai ligar Sines, no distrito de Setúbal, em Portugal, a Fortaleza, no Brasil, e, posteriormente, “numa segunda fase, Fortaleza a São Paulo”.
Fonte: Dinheiro Vivo