Com apoio cultural da Casa de Portugal, a obra publicada pela editora Linotipo Digital em parceria com o Instituto D. Isabel I foi apresentada ao público e a autora proferiu a palestra: “Príncipes Brasileiros da Casa de Bragança nas Guerras Mundiais”.
Teresa Malatian, Mestre e Doutora em História, Livre-docente em Historiografia, atualmente é integrante do corpo docente do Programa de Pós-Graduação em História da UNESP/Franca.
O seu livro “O Príncipe Soldado” traz aos leitores uma biografia de D. Antônio de Orleans e Bragança (1881-1918), terceiro filho da Princesa Isabel e do conde d’Eu, cuja existência passou-se em grande parte na Europa.
Ainda menino, ele seguiu para o exílio com a Família Imperial após a proclamação da República no Brasil em 1889.
A obra desvenda meandros pouco conhecidos do descendente de D. Pedro II, o último Imperador do Brasil, sua carreira militar no império Austro-Húngaro e seu final trágico no contexto da Primeira Guerra Mundial.
“Teve vida curta, mas percorrê-la significa trilhar caminhos inusitados da História, pois a correspondência por ele trocada com o pai e diários da época fornecem informações preciosas sobre sua vida de militar, o cotidiano na frente de batalha, a guerra nas trincheiras e as transformações técnicas de um conflito que começou com o tradicional uso da cavalaria e terminou com os ataques realizados pela aviação”, disse a historiadora.
D.Antônio seguiu a tradição militar que vinha de seu pai e continuou com seus dois irmãos, D. Pedro e Luís, envolveu-se nos conflitos que abalaram o Velho Continente e resultaram na fragmentação dos impérios que deram lugar a novas nações que alteraram o mapa da Europa. Por meio de sua biografia é possível tecer articulações entre Brasil e Europa, do final do século XIX ao início do XX.
A autora publicou também as obras Os Cruzados do Império; Oliveira Lima e a construção da nacionalidade; Império e missão: um novo monarquismo brasileiro; Dom Luís de Orleans e Bragança – peregrino de impérios e O cavaleiro negro: Arlindo Veiga dos Santos e a Frente Negra Brasileira.
Fonte: Mundo Lusíada