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Camilo Castelo Branco, o eterno romancista

Modelo da língua literária de sua época, Camilo Castelo Branco é fundamental na história da prosa de ficção do português, principalmente como romancista. Teve uma vida atribulada que lhe serviu muitas vezes de inspiração para as suas novelas. Camilo Castelo Branco representou em seu país diversas tendências da literatura européia do século XIX, mas tanto por convicções estéticas como por temperamento foi, sobretudo, um autor romântico. Versátil, de produção copiosa e que contemplou o romance, o teatro e a crítica literária, realizou-se como romancista de feição gótica, às vezes irrefreavelmente sentimental. Reconstituiu em suas obras o panorama dos costumes e dos caracteres do Portugal de seu tempo, quase sempre com uma profunda sintonia com as maneiras de ser e sentir do povo português. Daí a celebridade quase exclusivamente nacional, que deve-se à pureza da cepa de sua linguagem, capaz de abarcar todas as situações de seu universo cultural. Dentre a vasta obra composta por Camilo Castelo Branco podemos encontrar novelas de terror, satíricas, históricas e as passionais. Essas últimas compõem o gênero que mais caracteriza o ultra-romantismo português. Nelas são apresentadas personagens que, devido os obstáculos encontrados para a realização do amor, tornam-se verdadeiros mártires desse sentimento. As obras que merecem destaque são:

“Amor de Perdição” (1862);
“O Irônico Coração” (1862);
“Cabeça e Estômago” (1862); e
“Amor de Salvação” (1864). Entre 1851 e 1890, e durante quase 40 anos, escreveu mais de 260 obras, com a média superior a seis por ano, redigidas à pena, logo sem qualquer ajuda mecânica.

Prolífico e fecundo escritor deixa obras de referencia na literatura lusitana. Apesar de toda essa fecundidade, Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco, não permitiu que a intensa produção prejudicasse a sua beleza idiomática ou mesmo a dimensão do seu vernáculo, transformando-o numa das maiores expressões artísticas e a sua figura num mestre da língua portuguesa. De entre os vários romances, deixou um legado enorme de textos inéditos, comédias, folhetins, poesias, ensaios, prefácios, traduções e cartas – tudo com assinatura própria ou os menos conhecidos pseudônimos tais como: Manoel Coco, Saragoçano, A.E.I.O.U.Y, Árqui-Zero e Anastácio das Lombrigas.

As festividades da comunidade estão sempre na ordem do dia. E o Conselho, devidamente atento às manifestações culturais do nosso povo, informa os acontecimentos atuais envolvendo história, gastronomia e música promovendo, cada vez mais, a união e a harmonia entre todos nós.
O Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo (CCLB) realizou mais uma reunião de Diretoria de 2024, em 31 de outubro, às 18h30, na sala de reuniões da Casa de Portugal, bairro da Liberdade, Capital. Na oportunidade, os trabalhos foram conduzidos pelo vice-presidente Marcelo Guerra, substituindo, nesta data, Antero José Pereira, presidente do CCLB. O encontro envolveu um tema especial: o almoço de final de ano marcado para o dia 14 de dezembro.
O Senado federal do Brasil, a Câmara Municipal de Coimbra (Portugal) e a Associação Portugal Brasil 200 Anos assinaram um acordo de cooperação técnica para a valorização da língua portuguesa e o fortalecimento das relações entre Brasil, Portugal e os demais países lusófonos.
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Somos privilegiados pela herança lusitana e também por podermos contar com o Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo que é o órgão que congrega nossa cultura viva em solo paulista. Pelo Conselho a história não se perde, porque uma das diretrizes da entidade é preservar e valorizar nossos usos e costumes que mantêm a tradição de nossa gente sempre presente nos festivais, no folclore, na música e na gastronomia. A ação do Conselho é defender um legado histórico e cultural inestimável.

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