“Nheengatu – A Língua da Amazônia”, de José Barahona, abrirá, no dia 22 de outubro, o festival DocLisboa. O filme de José Barahona, numa coprodução luso-brasileira que será exibida em estreia mundial no cinema São Jorge, segue o rasto de uma “língua imposta às populações indígenas pelos primeiros colonizadores portugueses que desembarcavam no Brasil no século XV”, explica a organização do festival.
Esta 18.ª edição decorrerá num formato reformulado, dividido por módulos de exibição de documentário em sala, entre outubro e março de 2021, sem as secções e competições habituais. O primeiro momento do festival acontecerá de 22 de outubro a 1º de novembro, encerrando com “Paris Calligrammes”, da realizadora alemã Ulrike Ottinger, estreado no festival de Berlim.
Segundo a direção, a decisão de repartir o festival ao longo de vários meses decorre do atual panorama cultural afetado pela covid-19, tanto na produção como na exibição cinematográfica, com medidas de segurança, higiene e distanciamento social mais restritivas. A intenção do festival é apoiar “o cinema independente e reafirmar a natureza coletiva da experiência do cinema”.
Uma das iniciativas do festival, o Nebulae, dedicado apenas a contatos entre profissionais de cinema, só decorrerá on-line, com apresentação de projetos em desenvolvimento, neste ano dedicados a filmes da Geórgia.
Já o Arché, o laboratório de projetos em desenvolvimento para realizadores e produtores de Portugal, Espanha, Itália e países ibero-americanos, será realizado também on-line, entre 22 de outubro e seis de novembro. Para este ano, para o Arché foram selecionados, entre outros, “Fogo vigiado”, de Laura Marques, “Gentlewomen”, de Cláudia Alves, ou “Night tears or the end of innocence”, de Miguel Moraes Cabral.
Fonte: Brazil.shafagna.com