O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas falava durante uma cerimônia comemorativa dos cem anos da aviação naval, em Belém, Lisboa, junto ao monumento que assinala a travessia aérea realizada por Sacadura Cabral e Gago Coutinho no hidroavião Lusitânia, em 1922. “Quero realçar, pela sua esmagadora grandeza e valor científico, a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, que celebraremos em conjunto com o Brasil em 2022, levada a cabo por dois ilustres oficiais da Marinha: os heróicos, então comandantes, Artur Sacadura Cabral e Carlos Gago Coutinho”, declarou Marcelo Rebelo.
O Presidente da República ressaltou que Gago Coutinho e Sacadura Cabral, “mais do que atravessar o Atlântico num pequeno hidroavião, comprovaram o rigor do seu sistema de navegação, pioneiro entre os demais e precursor do irreversível progresso da navegação aérea”.
Marcelo Rebelo lembrou que a aviação naval portuguesa nasceu “naqueles anos da Grande Guerra, quando os submarinos devastavam no Atlântico e no Mediterrâneo” e foi necessário empregar as máquinas voadoras também e sobretudo para garantir a guarda e o uso desse mar”.
Durante a cerimônia, que incluiu um desfile militar e acrobacias aéreas, foi descerrada uma placa comemorativa e depositada uma coroa de flores em memória dos mortos em serviço. Na assistência esteve também, como convidado, o antigo ministro e ex-presidente do CDS-PP Paulo Portas, acompanhado pela sua mãe, Helena Sacadura Cabral, que é sobrinha de Artur de Sacadura Cabral.
Fonte: Consulado Geral de Portugal