O evento, que em 2021 foi inteiramente virtual, devido à pandemia da Covid-19, tem como tema “O tempo”, anunciou o vice-reitor Delfim Leão, na sessão de apresentação, que justificou a escolha com “a esperança de começar a deixar para trás a pandemia. Mas também é o tempo de fazer ‘o deve e o haver’ do que passou, avaliar o presente e projetar o futuro. Não podemos passar por esta experiência da pandemia e ficarmos iguais”, referiu.
O tema do tempo, acrescentou, foi também escolhido porque este ano se celebram “marcos muito importantes, entre eles os 200 anos da Independência do Brasil, sendo a comunidade brasileira tão importante na região, na cidade e, em particular, na Universidade, e os 20 anos da mais jovem nação lusófona: Timor-Leste”.
Na 24.ª edição da Semana Cultural, a UC pretende prestar homenagem à lusofonia, “pegando nestes dois pilares: o mais antigo e a mais recente das nações lusófonas”, frisou Delfim Leão. Salientando que o período pandêmico afetou as “pessoas e a instituição”, o vice-reitor disse que “não é possível fazer tudo igual àquilo que fazíamos antes, pois há muitas coisas que temos de recuperar, mas outras vamos seguramente fazer diferente”.
Durante 15 dias, vão ser realizadas 35 atividades, desde música a teatro e exposições, mais 10 eventos convergentes, envolvendo espaços da UC e de toda a cidade, num apelo “à fusão entre a cidade e a universidade como uma comunidade que celebra o gosto pela cultura”.
Das diferentes iniciativas destaque, designadamente, para a “Homenagem a Max Stahl”, uma exposição de fotografias e do arquivo do repórter de imagem britânico, falecido em outubro passado, que, em 1991, filmou o massacre no cemitério de Santa Cruz, em Díli, Timor-Leste, que mudou o percurso da luta pela independência.
O vice-reitor da UC destacou ainda o espetáculo multimídia “O tempo não para! Brasil 200 anos”, no claustro do Colégio das Artes, no dia 11 de março, às 19:00, com a participação de artistas brasileiros. No mesmo dia, às 21:30, realiza-se na Praça 08 de maio a “XXX Festuna – Noite de Serenatas”.
A 24.ª Semana Cultural da UC tem como parceiros o Grêmio Operário de Coimbra, que renasceu há cerca de um ano, depois de dezenas de anos de inatividade, e a Orquestra Acadêmica que participa nas sessões de abertura e de encerramento do evento.
No espetáculo de encerramento, junta-se à Tuna Acadêmica a cantora portuguesa Lara Martins, que estudou na UC, com uma carreira internacional de sucesso, na qual se destaca a participação na produção de “The Phanthom of the Opera”, no West End de Londres.
Fonte: Portugal Digital/Lusa