“Esta é uma data importante em que destacamos este navegador e explorador português, capitão-mor da frota portuguesa que avistou a costa do Brasil em 22 de abril de 1500. Após mais de cinco séculos reverenciamos Cabral unindo a comunidade, agora de modo presencial, após um triste período de epidemia no mundo todo. Retomamos nossos eventos com a grandeza merecida. Viva o Brasil! Viva Portugal”, afirmou o presidente Magno. Em seguida houve a saudação do cônsul geral de Portugal em SP, Paulo Jorge Nascimento, que enfatizou a data, acrescentando que a honestidade, o empenho e o trabalho são qualidades da comunidade luso-brasileira. “É o que nos faz reconhecidos”, concluiu o cônsul. O vereador Arnaldo Faria de Sá também manifestou sua satisfação pela importância do dia 22 de abril proporcionando muita alegria à comunidade.
O orador oficial da cerimônia foi o diretor Rogério Medeiros, do Grupo São Cristóvão Saúde, representando o presidente CEO deste mesmo grupo, Valdir Pereira Ventura. Ressaltou que 22 de abril simboliza muito mais que o descobrimento do Brasil, simboliza a união de dois países, uma nação luso-brasileira. “Hoje somos muito mais que povos irmãos, descendentes, parentes ou qualquer outro sinônimo. Aprendemos muito com Portugal e com os portugueses, mas aprendemos mais ainda juntos”.
Medeiros revelou que o Grupo São Cristóvão tem sua origem com portugueses. “O senhor José Augusto Ventura, avô no CE Valdir Ventura, chegou ao Brasil para construir e compartilhar, e não veio para explorar, mas para construir uma sociedade e compartilhar o amor ao próximo, a compaixão com a construção do Hospital e Maternidade São Cristóvão. Por isso, somos gratos pelo aprendizado transferido dos antepassados portugueses ao senhor José Augusto Ventura e, perpetuados pela família, com o CEO Valdir Ventura na manutenção do Grupo São Cristóvão”, disse Medeiros.
Referindo-se ao presidente Magno, ao cônsul Paulo Nascimento e às demais autoridades presentes, ressaltou que “os senhores, com suas ações, têm fortalecido este encontro de nações, assim como a preservação da cultura e do respeito”. O orador terminou sua participação com o poema Sonhos, de Fernando Pessoa:
Sonhei esta existência de venturas,
Sonhei que o mundo era só d’amor,
Não pensei que havia amarguras
E que no coração habita a dor.
Sonhei que m’afagavam as ternuras
De leda vida e que jamais palor
Marcou na face humana as desventuras
Que a lei de Deus impôs com rigor.
Sonhei tudo azul e cor-de-rosa
E a sorte ostentando-se furiosa
Rasgou o sonho formoso que tive;
Sonhando sempre eu não tinha sonhado
Que n’esta vida sonha-se acordado,
Que n’este mundo a sonhar se vive!
O ato cívico do Conselho contou também com a apresentação do Grupo Folclórico da Casa de Portugal, além da execução dos hinos de Portugal e do Brasil pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo.