Nascido em Formiga (MG) em 1936, Silviano Santiago. romancista, ensaísta, poeta e um dos maiores críticos literários do Brasil, é autor de “O entre-lugar do discurso latino-americano”, “O cosmopolitismo do pobre” e “As raízes e o labirinto da América Latina”. Antes do Camões, o membro da Academia Mineira de Letras venceu seis vezes o prêmio Jabuti e recebeu o prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras e o José Donoso, do Chile.
Com a escolha, ele se torna o 14º brasileiro a fazer parte de um seleto grupo de grandes nomes como Jorge Amado (1994) e os portugueses José Saramago (1995) e António Lobo Antunes (2007), entre outros. O último vencedor do país foi o cantor Chico Buarque, em 2019.
Segundo o texto do protocolo constituinte, assinado em Brasília, em 22 de junho de 1988, e publicado em novembro do mesmo ano, o Prêmio Camões consagra anualmente “um autor de língua portuguesa que, pelo valor intrínseco da sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural da língua comum”. Foi atribuído pela primeira vez, em 1989, ao escritor Miguel Torga.
O Brasil lidera a lista de distinguidos com o Prêmio Camões, com 14 premiados cada, seguindo-se Portugal, com 13 laureados, Moçambique, com três, Cabo Verde, com dois, mais um autor angolano e outro luso-angolano. A história do galardão conta apenas com uma recusa, exatamente a do luso-angolano Luandino Vieira, em 2006.
Fontes: Portugal Digital/ Globo.com