Por muito que a sua vida tenha sido sofrida e atribulada, o poeta notabilizou-se por uma educação requintada, que lhe permitiu estabelecer o contato íntimo e inspirativo com as referências da poesia de então. Estima-se que o nascimento de Camões tenha ocorrido na primeira metade do século XVI, no ano de 1524, e sua morte em 10 de junho de 1580, data em que se celebra o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
São mais as incertezas do que as certezas sobre os contornos da sua vida, mas consta-se que teve Lisboa como a cidade principal da sua vida, assim como a presença de Coimbra, na qual aprendeu o latim, e aquilo que se tinha vivido e escrito nos séculos anteriores ao da sua vida.
Foi membro da corte, na condição de poeta lírico, embora tenha assumido uma vida incauta, que o conduziu a um autoexílio em África. Foi lá, como militar do exército português, que Camões perdeu o seu olho direito, acabando por voltar a Portugal. No entanto, voltaria a viajar, desta feita para o Oriente, onde redigiu “Os Lusíadas”, obra que quase perdia em pleno alto mar.
A obra foi dedicada a D. Sebastião, que lhe asseguraria uma pensão pela sua anterior presença na coroa, embora morresse de forma depauperada, ainda antes do monarca se perder em Alcácer-Quibir. A sua poesia perduraria em “Rimas”, assim como algumas peças de teatro, que fomentariam um legado prestigioso, não só dentro de Portugal, mas também de fora, inspirando uma série de correntes literárias e de autores românticos.
Além de Os Lusíadas, Camões escreveu três obras de teatro cômico, mas como frequentemente se queixava, a sua obra nunca foi realmente apreciada por aqueles para quem ele compunha: os portugueses. O verdadeiro reconhecimento chegaria apenas após a sua morte, tinha então o poeta 55 anos. Os seus restos mortais encontram-se sepultados no Mosteiro dos Jerônimos.
Fonte: museusoaresdosreis.gov.pt