Do lado português foi assinado pela representante permanente de Portugal junto às Nações Unidas (ONU), Ana Paula Zacarias, em nome do Camões, Instituto da Cooperação e da Língua, I.P, que se juntou ao cônsul-geral do Brasil em Nova Iorque, Adalnio Senna Ganem, e ao diretor da UNIS, Dan Brenner.
À Lusa, o adjunto da Coordenação do Ensino Português nos Estados Unidos, José Carlos Adão, identificou e enalteceu as mais-valias do programa, tendo apontado o “crescimento do interesse pelo público da escola, o crescente número de alunos a cada ano”, assim como “o ‘feedback’ que é dado pelos encarregados de educação dos alunos e a satisfação com que Direção Pedagógica da UNIS acolhe o programa e o considera um programa de sucesso”.
“Não podemos deixar de referir outra e importante particularidade deste projeto, que é uma frutuosa parceria entre Portugal e o Brasil na área da língua”, acrescentou.
Tudo começou em 2018 como projeto-piloto, e assim esta iniciativa permitiu à UNIS oferecer aulas de português como língua de herança e língua para alunos cujas famílias fossem, de alguma forma, falantes de português.
Tendo sido avaliados os resultados do projeto, foi posteriormente assinado um memorando de entendimento com a duração de dois anos, em que dois professores – Regina McCarthy, uma professora contratada pelo Consulado-Geral do Brasil, e José Carlos Adão, professor da parte do Instituto Camões -, passaram a dar as aulas.
Dessa forma, os alunos passaram a ser expostos a duas variantes do português: europeu e brasileiro. Com a presença de dois professores, explicou José Carlos Adão, foi também possível alargar o âmbito das aulas de português, passando a ser oferecidas aulas a alunos sem contato com o idioma, que começaram a ter aulas de língua estrangeira.
As aulas acontecem durante a semana, com as turmas divididas por níveis e faixas etárias, ao longo de vários dias, em formato extracurricular. O memorando, renovado em Nova Iorque, é continuamente acompanhado pelo coordenador do Ensino Português nos Estados Unidos, João Caixinha, assim como pelo Instituto Camões, pelo Consulado-Geral do Brasil em Nova Iorque e pelo diretor de Línguas Modernas da UNIS.
Fontes: Mundo Lusíada e Câmara Portuguesa