Escritor de estilo direto, conciso, foi distinguido ao longo da carreira com importantes prêmios, entre eles o Prêmio Camões, em 2003.
Coletâneas de contos como “Lucia McCartney” (1967), “Feliz ano novo” (1975), “O cobrador” (1979), A Grande Arte” (1983) e “Carne crua” (2018) e os romances “O caso Morel” (1973), “A grande arte” (1983) e “Agosto” (1990), são algumas das obras daquele que é considerado como o maior contista brasileiro.
Autor de livros como “O Caso Morel” (1973), “Feliz Ano Novo” (1976), “O Cobrador” (1979) e “A Grande Arte” (1983), Rubem Fonseca recebeu em 2003 o Prêmio Camões, o mais importante prêmio literário da língua portuguesa, e recebeu também, por seis vezes, o Prêmio Jabuti, o principal galardão da literatura, no Brasil.
Em 2015 recebeu o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras (ABL), pelo conjunto da sua obra. Em 2012, esteve em Portugal para receber o Prêmio Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim, e em Lisboa, onde o município lhe entregou a Medalha de Mérito Municipal Grau Ouro. No mesmo ano, foi distinguido com o Prêmio Iberoamericano de Narrativa Manuel Rojas.
O escritor era apontado pela crítica como “o maior contista brasileiro da segunda metade do século XX”. “Carne crua”, o seu mais recente livro de contos inéditos, foi editado em 2018.
Contudo, antes de entrar no universo da literatura, o escritor, nascido em Juiz de Fora, município no interior do estado de Minas Gerais, formou-se em Direito e construiu uma carreira de seis anos na polícia civil, como comissário. Estreou na literatura em 1963, com o livro de contos “Os Prisioneiros”.
Este escritor brasileiro venceu cinco vezes o prémio Jabuti na categoria de Contos e Crônicas, pelos livros “Lúcia McCartney” (1969), “O Buraco na Parede” (1995), “Secreções, Excreções e Desatinos” (2001), “Pequenas Criaturas” (2002) e “Amálgama” (2014). Na categoria de Romance, o nonagenário venceu apenas uma vez, com “A Grande Arte” (1983).
Em 2015, quando obteve o Prêmio Machado de Assis, a Academia considerou “Rubem Fonseca um dos mais importantes ficcionistas contemporâneos brasileiros”, que “exerceu profunda influência na cena literária brasileira, inaugurando a tendência que Alfredo Bosi chama de ‘brutalista'”.
Conhecido também pela sua reclusão, e consequente recusa a dar entrevistas, Rubem Fonseca viveu a maior parte da sua vida no Rio de Janeiro, tornando-se numa das figuras da cidade.
Em 2012, quando esteve em Lisboa para receber a Medalha de Mérito Municipal, afirmou que “mais importante que esta grande honraria é o estar em Portugal”, terra de todos os seus antecessores. Num curto discurso, nos Paços do Concelho de Lisboa, o autor de “O Cobrador” disse que, juntamente com o irmão, foram os primeiros brasileiros de uma família portuguesa onde, em casa, o cotidiano era marcadamente português. Fonte: Agência Lusa