Aloizio Mercadante Oliva nasceu em Santos (SP), em 13 de maio de 1954. Formado em economia pela Universidade de São Paulo (USP), é mestre em economia pela Universidade de Campinas (Unicamp). É professor licenciado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e na Unicamp. É casado com Maria Regina e pai de dois filhos: Mariana e Pedro.
No PT, Mercadante foi vice-presidente nacional e secretário de relações internacionais, além de integrante do Diretório Nacional e da Executiva Nacional. Participou da elaboração dos programas de governo do PT e foi coordenador nas eleições presidenciais de 1989 e 2002. Foi candidato à vice-presidente da República na chapa de Lula, que concorreu à presidência na campanha de 1994.
Em 1990, em seu primeiro mandato, foi eleito como o mais votado deputado federal do PT. Na Câmara, destacou-se em duas importantes Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs): do PC Farias e do Orçamento.
Na campanha de 94, Mercadante abriu mão de uma provável reeleição para a Câmara dos Deputados e concorreu à vice-presidente da República na chapa de Lula.
Em 1996 coordenou o programa de governo do PT e foi candidato a vice-prefeito de São Paulo. Foi protagonista no debate econômico nacional, participando de palestras e publicando artigos propondo um modelo alternativo de desenvolvimento. Este período resultou no lançamento do livro “O Brasil Pós-Real”, organizado por Mercadante.
Em 1999, Mercadante voltou à Câmara dos Deputados como o terceiro deputado mais votado do país – 241 mil 559 votos. Em seu segundo mandato, participou de diversas comissões especializadas nas áreas econômica, financeira e tributária. Presidiu a Comissão de Economia, Indústria e Comércio (1999), foi líder da Bancada do PT (2000) e membro das comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional e de Finanças e Tributação (2001).
Ao concorrer a uma vaga no Senado, em 2002, Mercadante obteve a maior votação da história do País – 10 milhões 497 mil e 348 votos. No Senado, exerceu a Liderança do Governo, até junho de 2006.
Em 2006, foi candidato do PT ao governo de São Paulo, quando obteve o maior número de votos do partido no Estado – 6.771.582 votos. Neste mesmo ano, lançou o livro: “Brasil – Primeiro Tempo”, uma análise comparativa do governo Lula.
Em 2008, Mercadante presidiu a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e foi eleito presidente da Representação Brasileira no parlamento do Mercosul. Em fevereiro de 2009 foi eleito por unanimidade líder da bancada do PT no Senado Federal e líder do bloco de apoio ao governo na Casa. Atualmente é vice-presidente do Parlamento do Mercosul (Parlasul)
A identidade histórica e cultural do Brasil é profundamente ligada a de Portugal. Não se trata apenas do fato de que Portugal foi o nosso colonizador, mas da maneira como essa colonização se deu e da sua singularidade na América do Sul.
Com efeito, as guerras napoleônicas fizeram com que todo o aparelho estatal do corte portuguesa fosse deslocado para o Brasil. Durante algum tempo, o Brasil foi, ao mesmo tempo, colônia e metrópole. É dessa época o processo de instalação e construção das instituições estatais que formaram a identidade nacional e asseguraram a coesão do país. Não fosse a implantação de um Estado em território nacional, ainda na época da colônia, o Império brasileiro não poderia ter se consolidado e exercido a sua hegemonia num território tão vasto.
Além disso, a singularidade da colonização portuguesa, num subcontinente majoritariamente colonizado pela Espanha, também impediu a atomização territorial e política do Brasil. Assim, a América portuguesa, ao contrário da América espanhola, não apenas manteve-se coesa, mas também cresceu política e geograficamente. Nesse processo, as bandeiras e homens como Pedro Teixeira, que será homenageado no Senado Federal por minha iniciativa, tiveram papel primordial. Particularmente a epopéia do “Conquistador da Amazônia”, que estendeu nossas fronteiras na Amazônia ocidental, representa um admirável marco histórico na construção do Brasil.
Desse modo, além da bela língua e da rica cultura, Portugal legou-nos uma identidade forte e coesa e um destino de grandeza que, hoje, já se manifesta claramente no cenário internacional.
Neste momento em que Portugal, integrado à União Européia, contribui decisivamente para uma maior aproximação do Brasil ao continente europeu, saudamos a nossa identidade comum, a navegar nos grandes mares da história com a preciosa bússola da bela e brava língua portuguesa.