“Todo homem tem deveres com a comunidade”

Declaração Universal dos Direitos do Homem

Opinião
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Brasileiro, com Nacionalidade Portuguesa desde 1996, casado, advogado, inscrito na Ordem dos Advogados em Portugal, residente e domiciliado na cidade de Santos – SP.
Efetivamente ingressou na Casa de Portugal como sócio-remido nº 680 aos 23.03.83, em cuja instituição, durante várias gestões, exerceu diversos cargos de diretoria. Em 1987 foi convidado a participar no Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo, naquela época presidido pelo saudoso Valentim do Santos Diniz, para exercer seu primeiro cargo de diretor como 2º Secretário de Assistência. Desde então, sempre participou de todas demais diretorias ininterruptamente, exercendo atualmente o cargo de Diretor de Assuntos Relativos à Nacionalidade Portuguesa, nomeação esta que lhe foi confiada por ser um dos profissionais mais antigos e conceituado em Nacionalidade Portuguesa, uma vez que, há mais de 30 anos, se dedica ao estudo da Lei 37/81 de 3 de Outubro e suas alterações.
Recentemente, em reunião com o Senhor Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Dr. José Luis Carneiro, informou-o de sua atual elaboração sobre um estudo a respeito da Aquisição da Nacionalidade Portuguesa pelo casamento – viabilidade e implicações -, despertando no Senhor Secretário o imediato interesse pelo assunto.

André Pinto de Sousa
Advogado

Apesar de serem meus avós paternos (Vila Real) e maternos (Coimbra) portugueses, tive a minha infância sob os cuidados de meu avô paterno, português de Trás-os-Montes (Mesão Frio/Vila Real), o qual em sua indústria gráfica para além de ensinar-me a profissão, estimulava-me à filosofia de vida portuguesa. Sempre percebi que essa herança cultural deixada por meu avô transformou-me pela vivência e hoje estou convencido que, de fato, essa mudança em meus hábitos, alterou meu próprio caminho na vida.

A mudança cultural ajuda a transformar um indivíduo em outro assim como transforma um tipo de civilização social em outra modificando sua índole e costumes.

Essa “mudança cultural” ocorre espontaneamente através do contato entre pessoas de culturas diferentes, mas de modo mais destacado ou menos destacado. Assim podemos dizer que as Comunidades mais determinadas a essa “mudança” veem o resultado de seus investimentos em curto prazo com vantagens para todos os seus integrantes porque investem em suas potencialidades.

Dessa forma sinto-me orgulhoso por participar há muitos anos do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo, principalmente por ser uma entidade respeitável ao exercer a função de agregar, motivar e incentivar as muitas Associações existentes no Estado de São Paulo a um amplo intercâmbio entre comunidade e sociedade e cujo reflexo de suas atividades – hoje conduzidas com exemplar capacidade pelo amigo e colega Dr. Antonio de Almeida e Silva – têm declarado reconhecimento pelas autoridades portuguesas, como de grande importância e significado no fortalecimento dos laços de amizade entre Brasil e Portugal; porque não existe um interesse unilateral da Comunidade, mas um interesse amplo de levar ao conhecimento da nova geração e descendentes de muitos portugueses o que eles não sabem a respeito do próprio passado de seus ancestrais, o que – certamente – mudaria suas vidas!!

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Somos privilegiados pela herança lusitana e também por podermos contar com o Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo que é o órgão que congrega nossa cultura viva em solo paulista. Pelo Conselho a história não se perde, porque uma das diretrizes da entidade é preservar e valorizar nossos usos e costumes que mantêm a tradição de nossa gente sempre presente nos festivais, no folclore, na música e na gastronomia. A ação do Conselho é defender um legado histórico e cultural inestimável.

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