“Todo homem tem deveres com a comunidade”

Declaração Universal dos Direitos do Homem

Opinião
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Carlos Alberto Nogueira Gusmão foi fundador e presidente do Sindicato dos Guias de Turismo do Estado de São Paulo e da FENAGTUR Federação dos Guias de Turismo do Brasil. Trabalhou durante 36 anos como Guia de Turismo tanto em são Paulo recebendo turistas como viajou com grupos por diversos pontos do mundo e quase todo o Brasil.

Pós graduado na Universidade Anhembi- Morumbi foi professor no SENAC na formação de guias em São Paulo, Santos, Sorocaba, Goiânia e Manaus . Fez várias palestras em universidades como USP, UNIP, Unicity, no Peru na Universidad de Trujillo, nos congressos de Guias de Turismo do Peru quatro vezes, e está hoje aposentado.

Carlos Alberto Nogueira Gusmão
Professor, turismólogo e fundador do Sindicato dos Guias de Turismo do Estado de São Paulo

Conhecer de onde a gente vem é muito bom e o turismo é uma maneira de se ter melhores relações entre o Brasil e Portugal. Por isso creio que o Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo, que une estes dois países, é uma excelente maneira das pessoas tomarem consciência da riqueza que possuímos e que precisamos divulgar.

A importância deste conselho dentro do Estado mais importante do Brasil é muita e a influência do mesmo na comunidade é muito saudável para manter elos afetivos, culturais e comerciais que muitas vezes, com a distância, podem ficar esquecidos pelos inúmeros afazeres que temos no dia a dia.

Retorno às origens

Os vários ramos de minha família vieram de Portugal em tempos muito remotos, os Nogueiras em final de 1600 junto com os Bulcão e os Gusmão. Os Ferreira de Souza (Bocayuva), os Chaves e os Arantes em 1700 e, somente um ramo da família não é Português é Alemão Pagels, Todos com quase que certeza vieram para fugir de perseguições religiosas, construíram um Brasil que aprendemos conhecer. Assim tenho a dizer que sou uma grande colcha de retalhos portuguesa com um detalhe alemão.

Seis anos atrás, minha sobrinha casou e resolveu com seu marido morar em Lisboa, em seguida meu irmão não quis deixar de ver os netos crescerem uma com sete anos e o outro com cinco e já, falando com sotaque… resolveu mudar-se para lá então: estão fazendo o retorno às origens.

Eu fui a Portugal pela primeira vez em 1997, tinha 26 anos, antes da Revolução dos Cravos, fiquei por lá vários dias e conheci muita coisa que hoje mudou muito, fiquei no Hotel Borges no Chiado que até hoje existe e serviam uma sopa de cenoura que até hoje me lembro .

Em 1994 resolvi passar meus 50 anos no velho continente, meu amigo de muitos anos o Luiz Esteves (português da gema) me ajudou e lá eu fiquei em Lisboa 15 dias, fui a Madeira a seu convite, como também fui ao Porto, Viana do Castelo, Élvas, foram dias memoráveis em Portugal e depois um complemento em Espanha e Marrocos.

Agora depois destes anos todos com minha família já em Portugal, fui lá passar as festas Natal e final de ano e fiquei até o mês de fevereiro. Lá tive em família grandes surpresas gastronômicas, a festa de natal da Dona Mimi, mãe da Maria casada com o Marcelo irmão do meu sobrinho, uma matriarca portuguesa do bairro de Chaves cujos doces são de rezar e comer! Hum baba de camelo !!!

As descobertas do Marcelo que em Portugal reside há mais de 15 anos e que tem o hobby de achar lugares incríveis para degustar uma boa refeição, começou com um restaurante indiano em Cascais o “Mayura” , depois em Cintra o “Incomum” onde conheci: Salicornia (o sal vegetal que não faz mal e que, parece um mini aspargo muito gostoso pena não achar aqui e olha que procurei!), depois o restaurante italiano “Gordini”, na marina de Cascais o restaurante “Orelhas” em Oeiras que tem uma farinheira deliciosa e um bem simples na calçada da Ajuda o restaurante “Andorinhas” com a comida magnífica. Novamente meu amigo Luiz Esteves e o Jorge Amaral foram muito presentes, amigos de vários anos e aficcionados pela nova gastronomia portuguesa me proporcionaram uma viagem gastronômica Não querendo ser chato, tenho que enumerá-los, pois, para quem for a Lisboa atualmente, não deixar de ir (alguns são caros mais vale o custo beneficio) Há de se fazer reserva, pois vivem cheios.

Vou colocar pela ordem que fui.

“O Largo” lindo todo rodeado de aquários com águas vivas, lugar e a comida ótima no Chiado.

O “100 Maneiras” no bairro alto, estrelado pelos guias, o cardápio é um cardápio de degustação são nove pratos e nove taças de vinho fantástico e olha, não gosto de bacalhau mais as lascas fininhas desidratadas para degustar com uns molhinhos são de ajoelhar e comer.

No Terreiro do Paço, a “Áurea”, freqüentado pela alta corte judiciária (almocei com a ministra da Justiça na mesa ao lado e por incrível que o pareça estava só não tem seguranças como aqui! ) tem um bufê muito bom alem de ser muito bonito.

O restaurante da Fundação Champalimaud, “Darwin” projetado pelo departamento de arquitetura da Lanidor em Belém alem de ser um marco arquitetônico da cidade é fantástico, a comida ótima o serviço impecável e a vista incomparável.

Saindo de Lisboa indo Além Tejo encontrei em Setubal em frente à Tróia um lugar ótimo o “Acqua Bay” agradável e despretensioso e para não fugir da tradição local comi Choco frito de entrada (umas lulinhas ótimas) a comida foi muito boa e a vista linda.

Voltando a Lisboa, o “Pharmacia” dentro da própria faculdade de Farmácia com um serviço “sui-generis” o cardápio vem em um receituário, as bebidas em tubos de ensaio e a comida é um caso sério de boa e fica no mirante de Santa Catarina.

No alto de Santo Amaro esta o “Pestana Pálace” imponente, com o fausto do império que já foi residência de Marquês, considerado Monumento Nacional dispensa apresentação e tem aos domingos um brunch imperdível!

Finalizei minha viagem gastronômica no “The Four Seasons” do Hotel Ritz de Lisboa que dispensa apresentações com adjetivos lindo, bom, comida gostosa , e serviço perfeito!

Cheguei em fevereiro e já estou de malas prontas para chegar a Lisboa no dia de Santo Antônio e com certeza vou descobrir mais coisas deste impecável turismo gastronômico português!

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Somos privilegiados pela herança lusitana e também por podermos contar com o Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo que é o órgão que congrega nossa cultura viva em solo paulista. Pelo Conselho a história não se perde, porque uma das diretrizes da entidade é preservar e valorizar nossos usos e costumes que mantêm a tradição de nossa gente sempre presente nos festivais, no folclore, na música e na gastronomia. A ação do Conselho é defender um legado histórico e cultural inestimável.

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