Daniel Pereira é jornalista há 40 anos. Trabalhou como repórter, redator e editor em algumas das principais redações do País – Jornal do Estado de S.Paulo, Agência Estado, Correio Braziliense, Rádio e TV Record, Rádio e TV Bandeirantes, agências UPI, AP e ANSA. Foi idealizador e editor do Clipping de Notícias do Governo do Estado de São Paulo, criado em 1999 e produzido pela Imprensa Oficial. Também foi assessor de Imprensa da Secretaria de Segurança Pública de SP na gestão Michel Temer, da Secretaria de Esportes e Turismo/SP, da Secretaria de Administração Penitência e na Secretaria das Administrações Regionais (hoje, Secretaria das Subprefeituras/SP). Foi coordenador da equipe de Comunicação do Governo de SP na ECO-92, no Rio de Janeiro. Atualmente exerce as funções de Assessor de Imprensa da Fundação Memorial da América Latina.
“Razão de ser
A globalização tem produzido nos últimos 20 anos alguns fenômenos – hoje, não mais surpreendentes – que mudaram radicalmente o panorama das comunicações e do relacionamento entre os seres humanos. As redes sociais disputam dia-a-dia o privilégio de oferecer ferramentas cada vez mais sofisticadas que podem funcionar tanto em Arapiraca da Serra quanto em Samoa – minúsculo país no sul do Pacífico – onde o governo simplesmente decidiu abolir do seu calendário o dia 30 de dezembro.
Nesse oceano de criatividade que teve em Steve Jobs o seu ícone, o acesso às informações é uma porta permanentemente aberta ao conhecimento e o inusitado fica apenas a um clique da revelação. A velocidade que impulsiona as pesquisas em todas as áreas da curiosidade científica traz pelo menos uma manchete por dia. O tempo urge – deve ser o lema dos nossos pardais da modernidade.
No campo das relações culturais e da comunicação entre os povos os efeitos dessa evolução têm sido mais que benevolentes – e isso talvez tenha absorvido o impacto do mal maior causado pela onda belicista que vem derrubando governos autoritários no berço da civilização. É o Leviatã, título do livro escrito pelo filósofo inglês Thomas Hobbes em 1651 para justificar pelo estado da natureza humana a necessidade da guerra para estabelecer a paz.
Ao largo dessas sandices que abrolharam o noticiário internacional desde a virada do século, países irmãos como Brasil e Portugal consolidam um caminho de identidade que a cada dia diminui eventuais ou pontuais discrepâncias de entendimento no campo político, cultural, econômico e diplomático. Por isso, não há como não ter orgulho de carregar nas veias esse DNA cultural, quando se é descendente de Pereiras e Rodrigues, oriundos de Trás-os-Montes e miscigenados pelas andanças entre Minas Gerais e Bahia. ”