Nascido em São Paulo, SP em 3 de março de 1964 é filho de José Elias Mattos Pacheco e Anna Carolina de Arruda Botelho Mattos Pacheco.
Engenheiro Agrônomo,é presidente da Câmara Setorial de Lazer e Turismo no Meio Rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Também presidente do Conselho da ABRATURR São Paulo ((Associação Brasileira de Turismo Rural). Foi fundador e presidente, até outubro de 2009, da Associação Fazendas Históricas Paulistas
João Pacheco organiza e trabalha há muitos anos com o turismo rural.
Realiza vários tipos de eventos no meio rural para empresas e grupos e também passeios a cavalo pela região. Vale ressaltar que a Câmara Setorial é uma entidade que reúne empresários e setores do governo interessados no desenvolvimento do setor. Além desta, faz parte de várias associações que promovem o desenvolvimento do turismo tendo ajudado a fundar e presidido varias delas. Uma destas é a Associação Fazendas Históricas Paulistas que reúne fazendas que mantêm seu patrimônio preservado e já trabalham com o turismo rural. Em muitas destas belas fazendas, além da visita é também possível hospedar-se. Esta associação foi criada inspirada numa entidade portuguesa similar chamada Solares de Portugal.
Um dos programas de maior sucesso é a Cavalgada da Lua Cheia onde os turistas são recebidos por violeiros tocando musica típica e após cavalgar, sob a luz do luar, todos saboreiam comidas de fazenda num ótimo jantar.
Acredito muito no incremento das relações Brasil Portugal através do desenvolvimento do turismo e essas relações tão antigas e importantes, sob todos os pontos de vista, podem crescer cada vez mais. Afirmo, com certeza que o turismo rural é um segmento do setor que tende a crescer muito já que muitos sentem a necessidade de ir em busca de suas raízes sejam elas portuguesas ou italianas, japonesas ou alemãs, índias ou africanas, não importa; a maioria de nós tem antepassados que viveram e trabalharam no campo.
Até mesmo aqueles que não tiveram parentes ligados à área rural estão procurando fugir um pouco da agitação das grandes cidades e ter mais contato com a natureza. Outro ramo do turismo rural que tem um bom potencial de desenvolvimento é de estrangeiros, principalmente europeus, que querem encontrar com algum descendente de seus parentes que imigraram para o Brasil ou simplesmente saber como foi a histÓria destas pessoas no Brasil.
Por exemplo, as famílias às quais pertenço, Pacheco e Botelho, são famílias portuguesas muito antigas que vieram para o Brasil por volta do ano de 1630 provenientes dos Açores da Ilha de São Miguel. O primeiro destes Pacheco que aqui veio foi Manoel Pacheco que se casou com Beatriz Borba Gatto e formaram uma família de Bandeirantes tendo desbravado e colonizado o interior do Brasil principalmente nas regiões de Minas Gerais e do Estado de Goiás.
O termo Bandeirante no Brasil é muito usado para chamar os pioneiros que, saindo da região de São Paulo em direção ao sertão em busca de ouro e pedras preciosas, foram alargando as fronteiras do Brasil e fundando inúmeras povoações que deram origem a muitas cidades do interior do País. O ouro e pedras preciosas descobertos por estes homens determinados e rudes nos séculos XVI e XVII ajudaram no enriquecimento do Brasil e Portugal.
A partir de 1756 os Pacheco se estabelecem na cidade paulista de Itu e compraram uma grande área de terra para montar um engenho de açúcar que chamou-se Engenho Grande e foram um dos maiores produtores da então província de São Paulo.
Mudaram-se as épocas e estes descendentes de portugueses foram participando dos vários ciclos econômicos tendo sido produtores de café no século XIX e também responsáveis pela primeira fábrica movida a vapor de São Paulo, a Fabrica de Tecidos São Luiz que atuou durante mais de 100 anos e hoje a família está transformando o local em um centro cultural e turístico.
Aliás o turismo parece ser o novo ciclo econômico da região e a família esta trabalhando para que ele se desenvolva.
A antiga propriedade Engenho Grande hoje se chama Chácara do Rosário e a casa sede é conhecida como Casa dos Bandeirantes mantendo-se muito bem conservada após mais de 250 anos de sua construção. Continua com a família Pacheco a sete gerações e está aberta para bem receber os amigos e visitantes, uma característica portuguesa com certeza.