Publicitário, apaixonado pela área de comunicação, exerço o cargo de executivo público da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
Brasil e Portugal se encontram em São Paulo
Meu nome é José Fábio do Rêgo Torquato, sou publicitário, apaixonado pela área de comunicação, exerço o cargo de executivo público da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Desde que resido em São Paulo, há 10 anos, quando vim fazer cursos de pós-graduação, procuro entender a riqueza cultural dos diversos povos – emigrantes e imigrantes – que compõem esta metrópole. Sou muito grato a São Paulo e seu povo, que me receberam de braços abertos.
Entre bairros e comunidades, templos religiosos e centros culturais, e principalmente no convívio com pessoas dos quatro cantos do mundo, tive a oportunidade de conhecer e participar de encontros e comemorações, patrióticas e religiosas, de diversos povos como portugueses, japoneses, italianos, alemães, judeus, muçulmanos, africanos e latino-americanos, entre outros.
Em meio a tanta gente de tantos povos, com acesso a ricas fontes de informação, também me interesso em conhecer melhor minha origem, de onde veio a minha família, quando e em que condições. Sabendo da origem portuguesa dos meus ancestrais, encontrei no Conselho da Comunidade Luso – Brasileira do Estado de São Paulo, junto com todas as entidades e ações que representa, mais uma fonte de conhecimento sobre a história e cultura que unem Brasil e Portugal.
Sou natural da cidade de Pau dos Ferros, localizada no sertão do estado do Rio Grande do Norte, próximo das fronteiras dos estados do Ceará e Paraíba. A cidade está situada à margem do rio Apodi-Mossoró. A origem do nome da cidade vem da segunda metade do século XVIII, quando, com a interiorização da colonização, após o período de exploração da cana de açúcar no litoral e agreste, o período chamado “ciclo do gado” foi responsável pelo surgimento de importantes centros rurais e urbanos no interior do nordeste. Havia, ao lado do rio, uma frondosa árvore, uma oiticica de grande porte que os vaqueiros utilizavam para descansar , refrescar-se e marcar o gado que transitava de um lado para outro do nordeste. Após “ferrarem” o gado com a marca do novo dono, aproveitavam para registrar a passagem no tronco da oiticica, hábito que deu o nome da Freguesia de Pau dos Ferros, no ano de 1756.
Neste período, três irmãos da família Rêgo, vindos de Pernambuco, estabeleceram-se nas cidades de Luís Gomes, Portalegre (há uma cidade homônima em Portugal) e Pau dos Ferros. Eram imigrantes afeiçoados à terra, que ali fixaram suas raízes e construíram suas famílias. Datam os registros que a família começou a chegar em Pernambuco por volta de 1580, na pessoa do Sr. Luiz do Rêgo Barreto ou Barros.
Minha família descende do irmão que se estabeleceu em Pau dos Ferros. Meu “tataravô” paterno, Joaquim Torquato do Rêgo (1868-1906), passou a utilizar, nos seus filhos, o nome Torquato como sobrenome. Portanto, no Rio Grande do Norte, não há Torquato que não seja Rêgo. Em 1968, meu pai Francisco Torquato do Rêgo casou-se com Maria Feliciano do Rêgo, que também pertencia à família, embora em parentesco distante. Inicialmente, minha mãe manteve o nome de solteira, mas devido às pressões dos familiares paternos, teve que acrescentar o sobrenome Torquato, daí o nosso sobrenome Rêgo Torquato.
Agradeço a oportunidade de mostrar, neste espaço, um pouco da história da minha família, com origem nos dois países, que na minha pessoa, se encontram em São Paulo.