“Todo homem tem deveres com a comunidade”

Declaração Universal dos Direitos do Homem

Opinião
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Paulista com descendência portuguesa pelo lado materno (Bastos) e também pelo lado paterno (Rodrigues), Manoel Dorneles Rodrigues é bacharel em Comunicação Social (Jornalismo) pela Universidade Mogi das Cruzes (1976) Manoel Dorneles Rodrigues cursou Ciências Sociais pela FFCL, da Universidade de São Paulo (1981- 1982) e tem mestrado em comunicação pela Faculdade Cásper Líbero (2007-2009). No campo profissional, é editor e diretor de redação da Revista Kalunga e responsável pela área de comunicação da Kalunga Ind. e Com. Ltda.

Atuação profissional
De 1992 até hoje : Editor e Diretor de Redação da Revista Kalunga
1991 – 1998 : Editor da Revista Propaganda
1989 – 1991: repórter/redator da ZDL Comunicação
1988 – 1989 Vínculo: subeditor da Revista Brasil Transportes
1987 – 1989 da Texto Final Comunicações
1986 – 1987 copidesque do Jornal da Tarde
1982 – 1987: editor da Gazeta de Pinheiros
1977 – 1978: repórter da Folha Metropolitana de Guarulhos
1976 – 1977: revisor da Folha da Tarde

Manoel Dorneles Rodrigues
Diretor de comunicação da Kalunga

O filho nasce, cresce, gradua-se, vai embora de casa, mas volta um dia, um mês, anos depois. Vem rever a mãe, deitar no seu colo, ouvir seus conselhos, corrigir a rota, recarregar as baterias. Assim, é este Brasil que cresceu, agigantou-se, tomou outros rumos, buscou outras companhias (algumas boas, outras nem tanto), mas vez em quando volta. Nunca esquece suas origens.
A mãe, a pátria lusa, está lá a esperar, como sempre esteve. Mãe e filho falam a mesma língua, partilham dos mesmos gostos, dos mesmos sonhos, dos mesmos sabores, do mesmo tom, do mesmo som. Mesmo ranzinza, de tanto passar os anos, ela não perdeu o dom de compreender o filho grande e rebelde, quase sempre afeito às modernidades, ao canto da sereia distante, aos ditames da moda.
Bem que merece um puxão de orelha esse Brasil, capaz de modificar hábitos e costumes arraigados do lado de lá, mas que também sabe ouvir conselhos, que sabe respeitar os mais velhos, que entende mais do que nunca o papel da pátria-mãe. Mãe de braços sempre abertos, ora com enfado, ora com um fado, mãe gentil, mãe que descobriu (e ainda está a descobrir) este imenso Brasil!
Por sua vez, acredito que o Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo cumpre seu papel na integração entre portugueses e brasileiros, uma espécie de chama sempre acesa a lembrar de lá e de cá as nossas origens comuns. Funciona como um regulador importante tanto nas questões linguísticas, quanto nas sócioculturais, com um olho no passado, outro no futuro, e os dois pés bem fincados no presente dos dois povos.

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Somos privilegiados pela herança lusitana e também por podermos contar com o Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo que é o órgão que congrega nossa cultura viva em solo paulista. Pelo Conselho a história não se perde, porque uma das diretrizes da entidade é preservar e valorizar nossos usos e costumes que mantêm a tradição de nossa gente sempre presente nos festivais, no folclore, na música e na gastronomia. A ação do Conselho é defender um legado histórico e cultural inestimável.

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