Ramiro Alves da Rocha Cruz nasceu em 1947, em Penafiel, Portugal. Casado, tem três filhos, dos quais dois já realizaram matrimônio e possuem descendentes, totalizando três netos.
No Brasil
Aportou em Salvador, Bahia, em 1959. Depois deslocou-se para o Rio de Janeiro em 1961 e por fim, em 1965, se instalou em São Paulo, onde reside até hoje.
Escolaridade
Cursou o Ensino Fundamental I em Marecos, Penafiel, finalizando-o em 1958.
Retornou para a vida acadêmica só depois de ter-se estabelecido no Brasil, em 1984, quando realizou o curso de madureza do 1º e 2º anos do Ensino Médio ministrado pela fundação Padre Anchieta e, concomitantemente, o supletivo oferecido pela Educabrás.
Em seguida, em 1985, ingressou no curso de Direito da FMU, finalizando em 1989 e completando-o com a entrada para a Ordem dos Advogados, em 1990.
Logo depois, em 1991, iniciou a graduação de Administração de Empresas na universidade Presbiteriana Mackenzie.
Atividades comerciais
Após ter adquirido experiências em diversos ramos, indo de taxista a cozinheiro de bares e pequenos restaurantes, hoje, Ramiro Cruz, preside a TKTCronocargo ltda., empresa de transportes e logística que neste ano completa 40 anos de existência; o posto de gasolina Sinhá Moça (20 anos); e, por fim, a importadora Caves Santa Cruz, especializada na importação e comercialização de vinhos de diversos lugares do mundo, que, iniciada há um ano e meio, veio para realizar um sonho antigo de seu fundador.
Atividades Sociais
Membro do Lions Clube Campos Elíseos e vice-presidente internacional do Elos Clube.
É indubitável a grande importância da manutenção de uma boa e estreita relação entre Portugal e Brasil, tanto a nível social e político quanto a nível comercial. Trata-se da velha história da “união faz a força”, na qual, neste caso, países ligados por bons anos de história e mais que isso, ligados pela língua, uma das mais importantes identidades culturais, devem deixar divergências de lado e apostar na obtenção de bons frutos a partir de um trabalho em conjunto, em que Portugal compartilha sua rica herança, própria de um país do velho mundo e o Brasil, seu grande potencial econômico e suas expectativas futuras.
Essa relação só pode surgir e se fortalecer através da comunidade, de seus membros e superiores, em fim, de pessoas! Ou seja, o primeiro passo é enriquecer nossos laços sociais, só assim poderemos apostar em melhores relações políticas e consequentemente comerciais.
Um bom exemplo disso é a comunidade judaica. Coesa, forte e mantenedora de sua cultura, costumes e tradições é uma fonte de inspiração para os demais grupos. Se valem e se norteiam por importantes nomes e mais que isso, verdadeiros exemplos de humanidade. E por falar em hebraicos, por que não aprender e se guiar por portugueses que mostram para o mundo como é viver em comunidade como Aristides de Souza Mendes, responsável por salvar do holocausto cerca de 30 mil judeus. Uma comunidade coesa é capaz de conquistar mais coisas, como maior expressividade política e, maior expressividade política gera maiores benefícios à própria comunidade, social e, principalmente, comercialmente falando. É um ciclo, uma cadeia que pode se auto-sustentar de maneira saudável. Se analisarmos a participação lusa nas quatro casas governamentais vemos sua baixa presença se comparada a outras nacionalidades, levando em conta a proporção do tamanho de cada comunidade. Vale a reflexão!
Tomando direção para o âmbito comercial, há cerca de três anos atrás, pude participar de uma reunião promovida pelo Consulado de Portugal em São Paulo para a apresentação de seu novo Cônsul, Dr. Paulo Lourenço. Uma reunião muito bem ministrada, com conteúdo relevante e objetividade e saí de lá decidido a realizar um sonho de 30 anos, a abertura da importadora para comercialização de produtos internacionais, com ênfase nos portugueses. Um singelo ato se comparado às proporções continentais da que se tratou a crise econômica de 2008, por conta da qual Portugal sofreu devastadoras consequências. Mas uma iniciativa de ajuda, uma pequena contribuição ao país irmão. O que quero dizer é que são ações positivas como aquela reunião que impulsionam o progresso e estimulam o crescimento e, ao falar disso, parabenizo as novas autoridades do governo jovem português pelo estímulo aos seus atores principais (órgãos muito bem estruturados) a saírem do comodismo e apoiar essas iniciativas de muitos imigrantes que residem no Brasil.
Precisa-se de independência financeira e creio que a continuidade dessas ações, bem como investimentos em formação e capacidade humana e de produtos portugueses de alta qualidade e tecnologia são um caminho para tal, o caminho das exportações. Além disso, vejo que simplificar nossa estrutura organizacional, diminuindo o número de entidades independentes, daria mais fluidez e padronização aos trabalhos realizados pela comunidade. Como membro nato do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo, vislumbro em nosso presidente, Dr. Antônio de Almeida e Silva, total capacidade e excelente articulação para apoiar esse direcionamento. Estamos bem representados!
Por fim, acho importante dar destaque as iniciativas de associações como a ViniPortugal, que, sem fins lucrativos, tem como objetivo promover a excelência dos vinhos portugueses pelo mundo. Ao incentivar e apoiar o relacionamento de importadores e produtores e realizar eventos e reuniões de marketing e comunicação tem conquistado grandes resultados em diversos países consumidores dos vinhos portugueses. Assim como eles, devemos nos orgulhar, aprender e passar a diante os 800 anos de história de nosso povo.