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Médico membro de uma comissão especialíssima da The Lancet – OMS sobre prevenção da surdez. Titular da Disciplina de Otorrinolaringologia da FMUSP.

Ricardo Ferreira Bento
Professor Doutor

Professor Dr. Ricardo Ferreira Bento, um médico totalmente diferenciado que evoluiu a Disciplina de Otorrinolaringologia da FMUSP e hoje é membro de uma comissão especialíssima da The Lancet – OMS sobre prevenção da surdez. Titular da Disciplina de Otorrinolaringologia da FMUSP, Dr. Ricardo Ferreira Bento sempre priorizou todos os tratamentos possíveis para a surdez.

Criou o Grupo de Implante Coclear FMUSP, do qual é diretor e junto com a equipe de otologistas, fonoaudiólogos, psicólogas e assistentes sociais, transformou a vida de quase três mil implantados, a maioria deles com cirurgias realizadas pelo SUS, através de portaria assinada a seu pedido com o então Ministro da Saúde, José Serra.

Junto com o Dr. Sérgio Garbi criou a Fundação Otorrinolaringologia, que tem como missão conscientizar as pessoas sobre a surdez e auxiliar quem já possui deficiência auditiva. A Fundação Otorrinolaringologia tem cursos em todas as especialidades ligadas à otorrinolaringologia e fonoaudiologia durante todo o ano e promove um dos maiores congressos da América Latina 

É autor de vários livros – o último, lançado recentemente, é voltado ao público leigo e conta a evolução dos tratamentos de surdez nos 40 anos da Disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – e montou juntamente com a Dra. Mara Gândara, o Reouvir, um programa do SUS para deficientes auditivos que já entregou mais de 12 mil aparelhos auditivos convencionais.

Faz parte da comissão especialíssima The Lancet – OMS, composta por profissionais de todo o mundo, para levantar dados em todo o mundo para que a Organização Mundial de Saúde use como base para prevenção e tratamento da surdez.

A história de sua família

O Dr. Ricardo Ferreira Bento é neto de portugueses – seu avô Ernesto veio de Coimbra entre os anos 1911 e 1912, trabalhando no navio que o trouxe e dormindo em seu porão. Segundo o otorrinolaringologista, fugiu da I Guerra Mundial.

Ernesto, quando chegou em Santos, foi designado para trabalhar em fazendas de café, em Pirassununga, no interior do estado de São Paulo. “Lá ele encontrou a minha avó, Giovanna, imigrante italiana vinda de Trento e se casaram. Eles tiveram um filho, meu pai, José Ferreira Bento. Meu avô morreu aos 47 anos de idade, deixando a minha avó viúva e meu pai, menor de idade. Ele se mudou, então, para Campinas atrás de melhores oportunidades de emprego”, diz o professor.

Seu pai trabalhou em uma construtora que contratou várias obras em Brasília, a nova capital do País. “Eu nasci em São Paulo. Fiz Medicina e carreira acadêmica, sendo hoje o titular de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, tive três filhos e quatro netos: Vitória, Sofia, Antonio e Matteo, que me deixam muito orgulhoso. A aula mais difícil que dei foi a convite da minha neta, na escola dela, sobre audição. Acho que passei no teste porque fui aplaudido (rs)”.Nos finais de semana,  o Professor Ricardo aproveita para descansar. Vai para a sua fazenda em Jundiaí cuidar do seu legado. É proprietário de uma fazenda de piscicultura e árvores frutíferas, além de descansar. “Sempre gostei de pescar e de montar navios dentro de garrafas. Com certeza, os dois hobbies se unem na profissão que escolhi. Ser cirurgião precisa de habilidade e paciência, como tudo na vida “, continua ele.

E finaliza: “Minha relação com Portugal é muito próxima. Tenho muitos amigos médicos, parentes e sempre que posso, passo uma temporada lá!  É uma das minhas raízes, não é mesmo? Esse relacionamento é muito positivo para toda a família. ”

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